Alunos do Campus de Alegre visitam Instituto Luiz Braille do Espírito Santo

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Estudantes do Curso Técnico em Treinamento e Instrução de Cães-Guia puderam trocar informações com deficientes visuais e conhecer suas necessidades.
Alunos do Campus de Alegre, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), realizaram uma visita técnica na última segunda-feira (22) ao Instituto Luiz Braille do Espírito Santo, que é referência no atendimento às pessoas com deficiência visual, cegas e de baixa visão no Estado. A proposta faz parte da disciplina “A pessoa com deficiência e as técnicas de comunicação: Libras e Braille”, que integra o currículo do curso técnico subsequente em Treinamento e Instrução de Cães-Guia, ofertado no campus desde o ano passado.
Os estudantes, junto do cão-guia em treinamento Misty, tiveram a oportunidade de conhecer de perto o trabalho desenvolvido com os deficientes visuais, nas aulas de orientação, mobilidade e de informática; além de conhecerem o processo de ensino dirigido às pessoas cegas, na aprendizagem da escrita e leitura do Braille.
Além de possibilitar a troca de informações entre os deficientes visuais e os alunos do Ifes, a visita contribuiu para a divulgação do programa desenvolvido no Campus, em que o estudante aprende a formar cães-guia e desenvolve aptidão para viabilizar o processo de união com o deficiente visual.
Para Cláudia Castro de Carvalho Nascimento, coordenadora do curso técnico, a visita foi uma oportunidade para os alunos enriquecerem a sua formação. “Eles saem do imaginário para o concreto, na disciplina discutimos sobre essas pessoas e agora estamos ouvindo elas, suas necessidades reais. Estamos fazendo um intercâmbio com eles, escutando, tirando dúvidas e conhecendo melhor as demandas específicas”, comentou.
Curso
O Curso de Treinamento e Instrução de Cães-Guia do Campus de Alegre foi o segundo do Brasil com esta temática a ser mantido pelo governo federal e passou a ser ofertado em 2015. A iniciativa faz parte do programa Viver sem Limite.
O objetivo do curso técnico, que tem duração de dois anos, é formar um profissional com consciência ética e responsabilidade socioambiental, capaz de atuar com competência no treinamento e instrução de cães-guia, proporcionando um aumento no número cães-guia em atividade no País e contribuindo com a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência visual.
Até o momento, 16 cães treinados estão atuando, além de outros 71 que estão em socialização e ainda passarão pelo processo de adestramento ofertado pelo Instituto Federal Catarinense (IFC) e pelo Ifes.
Cadastro
Para adquirir um animal treinado pelos Institutos Federais é necessário estar inscrito no Cadastro Nacional de Candidatos à Utilização de Cães-Guia da SDH, voltado exclusivamente a pessoas com deficiência visual (cegueira ou baixa visão). A inscrição compõe uma lista de candidatos elegíveis para aquisição nos processos de seleção realizados pelos Centros, por meio de edital.